sábado, 26 de janeiro de 2013

CUIDADO - O Estripador da Rua Augusta está chegando...


Nos Estados Unidos, várias estrelas do cinema pornô têm adotado os filmes de horror como sua nova profissão. Podemos citar como exemplo as carreiras de Marilyn Chambers que estrelou em “Rabid” (filme dirigido por David Cronenberg em 1977 e conhecido aqui no Brasil como “Enraivecida na Fúria do Sexo”), a musa Traci Lords que nos presenteou em produções B como "Not of This Earth", na minissérie televisiva “The Tommyknockers” e recentemente na produção “Excision”. Ah, e não podemos também esquecer da participação das divinas Sasha Gray (que atuou na comédia de horror “Smash Cut” com o saudoso David Hess) e Jenna Jameson, que estrelou em "Zombie Strippers" entre todas as outras beldades que satisfaziam (e ainda satisfazem!) os desejos de muito marmanjo por aí...


Ao que parece a “moda” também está pegando em terras brasileiras. Monica Mattos, a estrela pornô mais bem sucedida do Brasil, se aposentou da carreira dos filmes pornográficos para fazer cinema de horror independente. O furacão pornô alega ter feito mais de 300 filmes “educativos” e foi a única atriz brasileira a ganhar o prêmio AVN nos EUA (chamado de "O Oscar do Cinema Pornô"), em 2008. Mônica afirma ser fã dos filmes de horror desde a mais tenra idade e já atuou em alguns trabalhos alternativos do gênero como os curtas "Driller Killer", (dirigido por Rodrigo Freire e disponível no Youtube onde Mônica encara o papel de uma jovem perseguida por um serial killer que tortura suas vítimas com uma furadeira) e “Zombeach”, do diretor Newton Uzeda, onde interpreta uma zumbi faminta por carne humana. Além destes trabalhos Mônica também exibiu seu talento (e por que não, seu belo corpo!) em um projeto ainda em fase de produção chamado “Red Hookers”, com direção de Larissa Anzoategui e roteiro de Ramiro Giroldo que promete ser lançado ainda este ano.


Depois de ser destroçada por um maníaco, perseguir solteirões pelas escadas de um apartamento para um lanchinho e ser perseguida por criaturas lovecraftianas em um bordel Mônica Mattos assume a identidade de uma vampírica criatura das trevas que assola as noites boêmias da Rua Augusta.

Escrito e dirigido por Felipe M. Guerra (diretor de “Canibais & Solidão – 2006” e “Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-feira 13 do Verão Passado Parte 2 – A Hora da Volta da Vingança dos Jogos Mortais de Halloween – 2011”), e Geisla Fernandes (“Desalmados: Um Filme de Humor Negro Romântico – 2009/2012” e “Necrochorume – 2012”), o curta-metragem “O Estripador da Rua Augusta” está causando furor tanto no Brasil quanto no exterior e também não é para menos. O projeto carrega em seu conteúdo o técnico de efeitos especiais André Kapel Furman, responsável por um belo banho de sangue em filmes como "Encarnação do Demônio", dirigido por José Mojica Marins, "O Cheiro do Ralo", dirigido por Heitor Dhalia, e "Reflexões de um Liquidificador", dirigido por Andrew Klotzel além de trabalhos mais alternativos como a tríade “3 Cortes” e o curta “Desalmados: O Vírus” além da presença, é claro, da estonteante Mônica Mattos. 


Mônica faz o papel de uma prostituta que trabalha na Rua Augusta, em São Paulo. Na verdade ela usa a profissão de “mulher da vida” como fachada para conquistar alimento fácil nas noites paulistanas, pois sua real natureza é a de uma sensual vampira com séculos de existência. Tudo parece caminhar bem até que seu caminho se cruza com o de outro monstro urbano que ataca no mesmo território, um sádico serial killer (interpretado pelo ator Henrique Zanoni) que está matando prostitutas da região. Este trabalho é a primeira associação entre os diretores Felipe M. Guerra e Geisla Fernandes, ambos reconhecidos no circuito independente nacional e amplamente divulgados em quase todos os festivais alternativos do Brasil e do exterior.

O autor da história e co-autor do roteiro de "O Estripador da Rua Augusta", Felipe M. Guerra relatou que este novo trabalho funciona como uma resposta sangrenta à nova identidade criada pelo cinema mainstream para o tema, com seus vampiros luminosos, engraçadinhos ou ganguistas. De acordo com Felipe, muito sangue vai rolar neste estranho encontro de “criaturas da noite”. A diretora Geisla Fernandes também está bastante entusiasmada com o projeto e diz que o filme será cheio de humor negro e sex appeal. O enredo é criativo e corajoso. Construímos duas atmosferas - a da anti -heroína e a do vilão – que serão colocadas em paralelo, culminando num ponto onde colidem e somente o mais esperto sobreviverá a este impacto.


A própria Monica está bastante empolgada com o projeto: "Eu sempre gostei dos filmes de vampiros e adorei a história do curta. É uma interessante mistura de sedução e terror. A parte mais legal deste trabalho é a dos efeitos de maquiagem. Alguns me impressionaram tanto que agora fico imaginando como foram feitos os efeitos em todos os filmes que eu já vi", disse Monica.

As filmagens estão acontecendo em São Paulo, em um apartamento no centro da cidade e, claro, na famosa Rua Augusta. Atualmente, a produção está em sua fase final e o lançamento está previsto para 2013 e promete transformar Monica Mattos na mais nova estrela do horror independente nacional.


FICHA TÉCNICA:

Título Original: O Estripador da Rua Augusta
País de Origem: Brasil
Direção: Felipe M. Guerra, Geisla Fernandes
Roteiro: Felipe M. Guerra, Geisla Fernandes
Direção de Fotografia: Vinícius Bock
Assistência de Fotografia e Som: Eduardo Luderer
Direção de Arte: Elise Miyazaki
Elenco:
Augusto Servano
Daniela Monteiro
Eduardo Luderer
Elise Miyazaki
Felipe M. Guerra
Geisla Fernandes
Henrique Zanoni
Herica Giacomin
Monica Mattos
Produção: Daniela Monteiro, Elise Miyazaki, Felipe M. Guerra e Geisla Fernandes.
Sinopse: O insólito encontro entre dois monstros no coração da Rua Augusta, em São Paulo.
Estreia: 2013

ENTREVISTA COM A SCREAM QUEEN MONICA MATTOS

Como ocorreu esta transição do pornô para o cinema alternativo de horror?
R:
Eu já tinha encerrado a minha carreira no pornô quando recebi o primeiro convite, achei interessante a proposta, aceitei na hora e achei o máximo!!!
Você, de alguma forma, se arrepende do seu currículo anterior no cinema erótico? Quais os prós e contras das produções deste gênero?
R:
De jeito nenhum... Consegui construir uma carreira sólida no pornô, e me destacar entre muitas, hoje sou reconhecida pelos meus trabalhos e me orgulho disso, mas tudo tem sua época, eu aproveitei bastante a minha, mas hoje já não tenho mais interesse nesse tipo de trabalho.
Você sempre foi fã de filmes de horror? Cite alguns títulos e atores de sua preferência.
R:
O primeiro filme de terror que me lembro de ter assistido foi “O Exorcista”, na época eu tinha pouco mais de 10 anos, desde então viciei, (risos)...Também gosto muito do trabalho do Mojica.
Gostei muito da sua atuação no curta “Zombeach”, de Newton Uzeda. Como foi a preparação da sua personagem na produção e quais outras criaturas mortas-vivas (ou não) lhe inspiraram para interpretar a zumbi da trama?
R:
Não teve preparação nenhuma. Me passaram o roteiro e eu desenvolvi do jeito que me veio em mente. (risos)
Você já foi, consecutivamente, a vítima e o carrasco em seus trabalhos no cinema indie de horror. Você prefere ser a mocinha indefesa ou o monstro sanguinário nas filmagens?
R:
Os dois foram legais, mas ser o monstro é mais divertido!
A Mônica Mattos da tela é semelhante à da vida real?
R:
Não, ainda não fui zumbi e nem vampira na vida real.
Como está sendo a aceitação do curta “O Estripador da Rua Augusta” na mídia?
R:
Está sendo ótima, estou muito animada!
Em todas as produções (grandes ou pequenas) sempre ocorrem situações inusitadas. Cite algum fato – engraçado ou não – ocorrido com você nas gravações do curta “O Estripador da Rua Augusta”.
R:
A coisa mais engraçada (e dolorosa) que aconteceu foi quando estávamos gravando uma cena em que o Henrique (o estripador) cortava o meu dedinho do pé com um alicate, e como ele é um pouquinho desajeitado quase cortou de verdade.
Como é trabalhar com os diretores Felipe M. Guerra e Geisla Fernandes?
R:
Foi ótimo. Eles são super profissionais, organizados, e a equipe toda tem um astral ótimo. Espero trabalhar com eles mais vezes...

Você também fez parte do cast de “Red Hookers”, de Larissa Anzoategui. Fale-nos como foi trabalhar neste curta com forte temática lovecraftiana?
R:
Foi ótimo também, achei a história bem bacana, a equipe maravilhosa e não vejo a hora de ver tudo pronto!

Foi um prazer indescritível realizar esta entrevista. Alguma novidade ou recado que queira deixar para os fãs e leitores do blog do Doutor K. Daver?
R:
O prazer foi meu. Espero que todos gostem desse meu novo trabalho e aguardem, pois vem muita novidade por aí.

Um beijo grande!!!!

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